No meio da floresta, um caminhão abarrotado de madeira extraída
ilegalmente. Quando o helicóptero do Ibama se aproxima, dois homens
tentam escapar.
Um deles foge no trator. O outro se esconde na mata. O flagrante foi em
Novo Progresso, no sudoeste do Pará, onde uma operação do Ibama
embargou seis madeireiras suspeitas de desmatar ilegalmente.
As regiões das florestas nacionais do Jamanxim e de Altamira perderam este ano 17 mil hectares de vegetação nativa.
A cidade respira a fumaça que vem da mata nativa destruída pelo fogo.
Além do Pará, os incêndios florestais também atingem outros estados da região Norte, Nordeste e Centro Oeste.
Em todo o país, o número de focos de calor este ano já é quase 80% maior do que no mesmo período de 2011.
As equipes de fiscalização planejam o combate aos incêndios com base
nas informações enviadas por oito satélites, que monitoram os focos de
calor, representados por pontos vermelhos. Os dados são atualizados
diariamente. E hoje, segundo o instituto Chico Mendes, os parques e
florestas nacionais mais atingidos pelo fogo estão na área que vai do
Tocantins, passando pelo sudoeste do Pará e sul do Amazonas. Segundo
especialistas, a principal causa das queimadas nessa faixa é a expansão
agropecuária desordenada.
“Os incêndios se propagam dessa maneira: a prática de queima em propriedade rural que entra em uma unidade de conservação.
Este ano, os incêndios já consumiram trezentos mil hectares em unidades de conservação federais.
Equipes de brigadistas tentam evitar que os incêndios se alastrem.
Mas a estiagem dos últimos meses não ajuda no combate às chamas.
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