De
acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, uma
organização não governamental, o exército sírio contou com o apoio de
milícias fiéis ao regime. Os grupos que pedem a renúncia de Bashar Al
Assad temem que as forças do regime executem oposicionistas de forma
arbitrária, já que Shaba é considerado um dos focos da oposição próximos
à capital, onde os combates se intensificaram ao longo da última
semana.
Também houve registros de combates na cidade de Al Qusair, na provincia de Homs, um dos principais redutos da oposição.
Com
o acirramento dos combates e a possibilidade de o governo sírio
entregar armas à organização islâmica xiita e paramilitar Hezbollah para
enfrentar o avanço dos oposicionistas, Israel sinalizou com a
possibilidade de intervir militarmente no país vizinho.
De
acordo com ativistas sírios e com um dos principais grupos opositores, a
Irmandade Muçulmana, mais de 200 pessoas morreram apenas durante os
combates de ontem (20). Combates que as forças do governo afirmam ter
vencido, enquanto os rebeldes sustentam que a autoridade de Bashar Al
Asad está em colapso e prestes a desmoronar em muitas áreas.
Ontem
(20), o ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, revelou ter dado
ordens ao Exército de seu país para que se prepare para uma possível
intervenção militar na Síria.
“Instruí
o Exército para que incremente os preparativos de inteligência e tudo o
que for necessário para que, se necessário, possamos considerar levar à
cabo uma operação [militar]”, disse Barak ao ser entrevistado pela
emissora de tv israelense Channel 10.
“Estamos
seguindo a possível transferência de sistemas avançados, especialmente
mísseis anti-aéreos, mas também existe a possibilidade da transferência
de armas químicas entre a Síria e o Líbano”, acrescentou o ministro,
voltando a citar uma das principais preocupações das autoridades
israelenses: a possibilidade de Bashar Al Assad entregar ao Hezbollah
armamentos que a organização poderia depois utilizar contra Israel.
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